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Grupo de estudantes norte-americanos visita o TRF4

13/01/2015 - 19h16
Atualizada em 13/01/2015 - 19h16
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O corregedor regional da Justiça Federal da 4ª Região, desembargador federal Paulo Afonso Brum Vaz, recebeu hoje (13/1), na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), um grupo de estudantes de graduação da Mays Business School, escola de negócios da Texas A&M University, localizada em College Station, nos Estados Unidos. Os alunos estão participando de um programa internacional, o Global Citizenship, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo (RS).

O grupo veio acompanhado pela professora Miriam Schaeffer, da escola de Direito da Unisinos, e por alunos voluntários da universidade. Durante a visita, o corregedor apresentou a estrutura e o funcionamento da Justiça Federal da 4ª Região, explicando ainda os tipos de ações que são julgadas pelo tribunal. “Em 2014, entraram no tribunal 127.167 ações e, no mesmo período, julgamos mais de 116 mil processos” contou Brum Vaz, dando uma ideia aos estudantes do trabalho realizado pelo TRF4. Ele mostrou ainda o projeto das Unidades Avançadas de Atendimento, que levam os serviços da JF a localidades que não têm sede da JF, premiado no final do ano com o Prêmio Innovare na categoria Tribunal.

O desembargador também salientou o incentivo à conciliação: “buscamos sempre conciliar, em praticamente todas as áreas, inclusive online”. Brum Vaz apresentou ainda o eproc, o processo eletrônico da JF da 4ª Região, explicando que desde 2010 todas ações novas passaram a ser virtuais. “Hoje em dia, uma pequena parcela de processos ainda são em papel. Vocês não viram nenhum processo físico aqui no meu gabinete, viram?”, brincou.

O diretor-geral em exercício do TRF4, Flávio Visentini, apresentou também alguns dados e projetos desenvolvidos pela corte, lembrando que o tribunal é uma corte jovem, com apenas 25 anos, completados em março de 2014. Ele citou algumas decisões importantes tomadas pelo TRF4, como a que proibiu o fumo em aeronaves e a que garantiu o pagamento de pensão por morte para companheiros homossexuais em todo o Brasil.

Visentini destacou os sistemas eletrônicos do tribunal. “O TRF4 é reconhecido como o mais eletrônico do país”, frisou. “Temos orgulho dos nossos programas e sistemas, principalmente porque foram criados pelos próprios magistrados e servidores, com uso de software livre, sem necessidade de gasto de dinheiro público”, comemorou. Ele destacou o Sistema Eletrônico de Informações, o SEI, o uso da videoconferência em audiências, a preocupação com o aperfeiçoamento dos magistrados e servidores e com ações de responsabilidade social, como o oferecimento de estágios para jovens que cumprem medida socioeducativa na Fase/RS.

O grupo conheceu, além da Corregedoria e da Diretoria-Geral, o Plenário do tribunal, uma sala de sessões de julgamento, o gabinete do Sistema de Conciliação (Sistcon) e a Escola da Magistratura (Emagis).

Curso de verão

O programa Global Citizenship é voltado a estudantes acadêmicos que têm interesse em assuntos de liderança global. Segundo a professora Miriam Schaeffer, os dez alunos que estiveram no TRF4 hoje estão, durante duas semanas, acompanhando aulas e atividades sobre vários assuntos, como liderança, negócios e inovação. “Hoje o dia era dedicado ao direito, então tivemos pela manhã uma aula sobre o Poder Judiciário brasileiro e agora à tarde estamos conhecendo uma corte judicial”, explicou. A ideia do curso de verão, disse o estudante de engenharia civil Guilherme Colombo, que está acompanhando os americanos, “é mostrar a realidade do Brasil e da nossa região, trazer alunos do exterior para o Brasil, e não só o contrário”.

Para o estudante Foster Daly, que participa do programa, a experiência está sendo ótima. Ele elogiou o país e a região – o grupo esteve visitando, entre outros locais, uma hidrelétrica na serra gaúcha e as cidades de Gramado e Canela. No tribunal, o Daly ficou impressionado com a preocupação com o meio ambiente que percebeu. “Nos EUA, se fala muito em meio ambiente como um assunto sério, mas na prática não se fazem mudanças reais”, afirmou. Já Madilyn Coffman ficou impressionada com a hospitalidade das pessoas que conheceu. “Todos querem ajudar e te tratam bem”, elogiou. A pobreza que viu também foi um ponto lembrado pela estudante, que nunca tinha saído do Texas.


Os dez alunos do Texas foram recebidos pelo desembargador Brum Vaz no gabinete da Corregedoria