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Fernando Lucchese fala da importância do estilo de vida para a saúde

26/03/2019 - 17h23
Atualizada em 26/03/2019 - 17h23
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O médico cardiologista Fernando Lucchese foi o convidado de hoje (26/3) do ciclo de palestras comemorativo ao aniversário dos 30 anos do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4). Falando sobre a relação entre longevidade e felicidade, o médico mostrou que o estilo de vida tem mais peso para uma existência longa do que outros fatores como genética, meio ambiente e assistência médica.

“Entre os fatores que definem a longevidade, o estilo de vida responde por 53%”, disse Lucchese, ficando apenas 17% por conta da genética, 20% por conta do meio ambiente e 10% devido à assistência médica. “Um bom estilo de vida se caracteriza pelo bem-estar físico, psíquico, familiar, financeiro, profissional, ambiental e espiritual”, explicou o cardiologista.

Lucchese ressaltou que o Brasil é um dos países em que as pessoas envelhecem mais rápido no mundo, por fatores como educação inadequada, corrupção e violência. “Em média,10% do tempo do brasileiro é gasto tratando doenças”, disse o médico, apontando o infarto, o AVC e o câncer como os inimigos da longevidade.

O palestrante chamou a atenção para as doenças da alma. “Somos um tripé: corpo, mente e espírito”, disse, apontando que as disfunções numa área afetam as outras. “É um erro curar o corpo sem curar a alma”, avisou, aconselhando a busca de emoções e comportamentos positivos.
 
“Devemos ter como compromisso de vida a busca da felicidade e da longevidade e isso é uma opção pessoal”, declarou o médico, revelando que as leis da felicidade, segundo a ciência, são a preocupação com o outro, a conquista de amizades confiáveis e o prazer com o trabalho que, segundo ele, deve ser visto como missão de vida e não apenas como um emprego para garantir renda.

“Está comprovado que dinheiro não traz felicidade”, completou o cardiologista, observando que os países mais ricos não possuem os níveis mais altos de felicidade e apontando a comparação social e a inveja como grandes doenças da atualidade.

“Enquanto emoções como raiva inveja e vaidade, e comportamentos como pessimismo, solidão e egoísmo encurtam a vida, o sentimento de perdão, a solidariedade, a generosidade e a espiritualialidade são antíodotos para as doenças do corpo e da alma”, afirmou Lucchese. “A atitude positiva muda o cérebro”, concluiu.

O presidente do tribunal, desembargador federal Thompson Flores, coordenou a palestra, apresentando Lucchese e apontando-o como uma das grandes personalidades do país. Ao encerrar o evento, saudou a forma natural e envolvente com a qual o médico apresenta suas idéias e compartilha seus conhecimentos. “Também acredito que fazer o que se gosta é a chave de uma boa vida”, declarou Thompson Flores.


Fernando Lucchese mostrou dados mundiais sobre saúde e longevidade