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Em 5 anos, TRF4 já digitalizou cerca de 50 milhões de páginas para o processo eletrônico

30/01/2015 - 15h32
Atualizada em 30/01/2015 - 15h32
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Parte dos processos eletrônicos que tramitam na Justiça Federal da 4ª Região devem-se ao trabalho anônimo do Núcleo de Digitalização de Processos (Nudipro) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que transforma as ações em papel em virtuais. Desde 2010, já foram 116.106 processos digitalizados, resultando em 49.627.794 páginas, entre aquelas inseridas no eproc ou enviadas para o Supremo Tribunal Federal (STF) ou para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 
Do papel ao eproc

Criado em janeiro de 2010, junto com a implantação do eproc em todas as matérias e graus de jurisdição da JF da 4ª Região, o Nudipro tinha o objetivo de dar suporte ao sistema, supervisionando a digitalização dos processos realizada por uma empresa terceirizada. Devido à falta de espaço físico, o núcleo foi instalado na rua Miguel Couto até novembro de 2012, quando foi alugado um prédio na Grão Pará.
 
Em fevereiro de 2013, ao final do contrato com a prestadora de serviços, o núcleo passou a realizar todas as fases da virtualização: “Nesses três anos, percebemos que já sabíamos como se realizava o processo e podíamos fazê-lo em casa, com nossa força de trabalho”, lembra Nara Dorneles, diretora do Nudipro.
 
A partir daí, o núcleo estabeleceu-se na estrutura que permanece até hoje: divide-se em quatro setores, organizados como que em linha de produção. A recepção dos processos físicos ocorre na área de Expedição, que realiza uma triagem e prepara o papel para o escaneamento, realizado pela Digitalização. Os arquivos eletrônicos são conferidos pelo setor de Controle de Qualidade, que encaminha o resultado final para a Indexação, responsável pela classificação no sistema eletrônico e inscrição no eproc. “Não é uma questão só de digitalizar o papel, constituir um acervo. Nosso processo é vivo, em tramitação, e o trabalho vai além do scanner”, reforça Nara.
 
Proximidade e qualidade de trabalho
 
Em 19 de janeiro deste ano teve início o processo de mudança do núcleo para a sede do TRF4, no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre. Após a estabilização dos materiais e servidores, o trabalho teve início no dia 26. “Estamos em processo de adaptação, tanto de espaço quanto de rotina, já que é uma experiência nova para todos aqui”, revela Nara.
 
A mudança foi possível pela reestruturação do tribunal, com a absorção da secretarias de turmas pela Secretaria dos Órgãos Julgadores (SOJ). Assim, os 41 funcionários do núcleo transferiram-se de uma sala alugada na rua Grão-Pará para o segundo andar do tribunal. “Esse resgate é importante para facilitar a integração do nosso trabalho com os demais setores, possibilitando atendimento rápido”, reflete Nara.
 
A integração do núcleo, proposta pela atual administração, busca não só sanar questões práticas: ela opera uma mudança de auto-estima. “A distância acaba gerando uma sensação de não pertencimento, como se fossemos externos ao tribunal. Aqui isso acaba”, analisa Nara. A diretora ainda destaca nessa integração a proximidade com os serviços disponíveis na sede, como restaurante, agências bancárias e serviços médicos. “Há uma melhora no bem-estar dos servidores, na motivação, o que reflete de forma clara na qualidade do trabalho”, aponta.


Único setor do TRF4 localizado fora da sede oficial, o Nudipro passou a funcionar dentro do tribunal a partir de 26/01