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Aberta programação sobre direitos humanos e o gênero feminino na Justiça Federal do RS

22/03/2016 - 18h30
Atualizada em 22/03/2016 - 18h30
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As diferentes expressões dos direitos humanos no cotidiano e a atuação da Justiça Federal na busca da solução de conflitos são os focos da programação que iniciou hoje (22/3), no Memorial da Justiça Federal do Rio Grande do Sul. Com duração prevista de dois anos e cinco eixos temáticos a serem trabalhados, a proposta teve como marco de abertura uma solenidade realizada na sede da Subseção Judiciária de Porto Alegre, seguida de palestras com a artista plástica Graça Craidy e da historiadora Ana Maria Colling.

Diretor do Foro da Seção Judiciária do RS (SJRS), o juiz federal Eduardo Picarelli destacou a variada gama de atividades previstas para o primeiro semestre de 2016. “Além do acolhimento de exposições artísticas e de painel histórico-expositivo no espaço do Memorial da JFRS, serão realizadas mostras de autos findos em parceria com diferentes órgãos. Os processos selecionados abrangem um amplo leque que inclui questões como a mulher no mundo do trabalho, a violência doméstica, o direito ao voto e a participação feminina na política”, disse.
Segundo Picarelli, o primeiro eixo explorado envolve o universo feminino e seus desmembramentos. “A intenção é provocar debates e questionamentos quanto à representação social e os estereótipos que definem o papel das mulheres, bem como oportunizar a visibilidade de um panorama sobre a evolução dos paradigmas que cercam o tema”, explicou.

Representando a Presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na cerimônia, a desembargadora federal Marga Inge Barth Tessler lembrou os atentados ocorridos em Bruxelas nesta manhã. “Parabenizo a organização do evento pela escolha de um tema apropriado e muito atual, sobre o qual devemos refletir. Violência, violência contra mulheres, violência em geral”, afirmou. “Hoje nós tivemos um exemplo lamentável, em que foram vitimadas mais de 30 pessoas. Uma violência contra todos e contra qualquer um. Algo que nos choca e que deveríamos poder, com o esforço de todos, eliminar da humanidade”, ponderou.

Já o presidente da Comissão Coordenadora do Memorial do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), desembargador João Paulo Lucena, saudou a colaboração entre as diferentes entidades. “Essa exposição vem, pra nós, em um momento muito sintonizado, uma vez que, no último dia oito de março, o Tribunal deu início a seu projeto em conjunto com a Organização das Nações Unidas de igualdade de gênero”, mencionou. Segundo Lucena, o convênio visa a implantar ações efetivas buscando a igualdade de oportunidades e de remuneração com foco no mundo laboral.

No encerramento dos trabalhos, Marga salientou o rico material contido nos autos selecionados para a mostra e falou sobre a contribuição da literatura para a reflexão a respeito da aplicação ou o cerceamento dos direitos humanos no que diz respeito às mulheres. “Fica aqui o meu incentivo à sensibilização quanto a esse assunto tão relevante e o convite a todos para que participem da programação”, concluiu.

Programação aberta ao público

O evento “Direitos Humanos e Direitos das Mulheres: A Justiça Federal e As Representações Sociais do Gênero Feminino” conta com colaborações do TRF4, TRT4, Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul. Participam, ainda, a Defensoria Pública da União no Rio Grande do Sul e as seções judiciárias do Paraná e de Santa Catarina. As atividades acontecem até o dia 8/7 de forma gratuita e aberta ao público em geral.

Fonte: Imprensa JFRS


Abertura da solenidade foi realizada pelo diretor do Foro da JFRS, juiz federal Eduardo Picarelli, e pela desembargadora federal Marga Barth Tessler