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Novo prédio anexo do tribunal será inaugurado hoje

19/03/2019 - 14h40
Atualizada em 19/03/2019 - 14h40
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O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) inicia hoje(19/3) a programação especial de comemoração aos seus 30 anos de história com a inauguração do novo prédio anexo da corte, que levará o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidente do TRF4, Teori Albino Zavascki. A cerimônia ocorre a partir das 17h em Porto Alegre (RS).

“Essa obra representa uma verdadeira ampliação da nossa corte. Teremos uma área maior para os serviços do tribunal, com mais espaço para a administração, assim, tudo foi pensado para aperfeiçoar a nossa prestação jurisdicional”, declarou o presidente do TRF4, desembargador federal Thompson Flores.

“A conclusão da obra do novo anexo é uma vitória dessa gestão. É um grande legado para a Justiça Federal da 4ª Região, que agora vai se concretizar quando, em abril, o prédio começar a ser ocupado”, complementou a diretora-geral do tribunal, Magda Cidade.

Histórico

A construção, com o valor de R$ 61.312.546,90, foi realizada durante 47 meses, no período de março de 2015 a janeiro de 2019. A equipe da Divisão de Obras (DIOBRAS) do tribunal foi responsável pela gestão do empreendimento.

A equipe da Divisão de Arquitetura (DIARQ) elaborou, durante o ano de 2011, o projeto básico do anexo, de autoria da arquiteta Karyn Löw Pagliarini com co-autoria da arquiteta e diretora da DIARQ Rosane Marzullo Aguiar, que foi aprovado em 2012 pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Em 2013, foi contratada, por meio de licitação, a empresa Meta Arquitetura para realizar o projeto executivo.

Já a obra foi executada pela Construbase Engenharia Ltda e fiscalizada pela Clanes Assessoria, Projetos e Fiscalização em Construção Civil Ltda, também contratadas pelo TRF4 por procedimento licitatório.

“A concepção inicial partiu do pressuposto que o prédio anexo deveria possuir a mesma leitura arquitetônica do prédio sede, porém com design mais arrojado e tecnologias de funcionamento avançadas preocupadas com sustentabilidade e que proporcionassem conforto ao usuário e economicidade a instituição”, explicou Rosane, sobre o projeto.

Características

O edifício conta com 12 andares e uma área total construída de 16.654,30 m² para setores administrativos. Possui garagem de três pavimentos, totalizando 178 vagas. Demonstrando a preocupação com questões de mobilidade urbana, também há diversas vagas para bicicletas e, inclusive, um vestiário para uso dos ciclistas.

O auditório oferece 108 cadeiras, além de quatro espaços para cadeirantes, quatro cadeiras para obesos, dois espaços para cão guia e duas poltronas para pessoas com mobilidade reduzida. No quinto pavimento há um restaurante com terraço e no décimo primeiro funcionará uma cafeteria.

“Ainda faz parte da construção, em sua cobertura, o pavimento técnico onde estão o sistema de climatização, a casa de máquinas dos elevadores e os reservatórios de água para consumo, incêndio e águas de reuso”, destacou a arquiteta e diretora da DIOBRAS, Maria Virgínia Dias Müzell.

Sustentabilidade e Acessibilidade

Maria Virgínia também reforçou que o edifício “possui o conceito de sustentabilidade, pois dispõe das mais modernas tecnologias de responsabilidade ambiental”.

Dentre as inovações, o prédio conta com reaproveitamento das águas pluviais para irrigação das áreas verdes, tratamento das águas provenientes dos chuveiros e lavatórios com a reutilização nas descargas e mictórios, aproveitamento do calor dissipado pelo sistema de ar condicionado para esquentar a água a ser utilizada na cozinha do restaurante.

Além disso, o empreendimento vai utilizar lâmpadas LEDs na iluminação e sensores para melhor aproveitamento da luz solar, gerenciados por programação horária, com maior eficiência e economia de energia. A adoção de esquadrias com vidros temperados insulados (vidros duplos com camada de ar intermediária) reduz a quantidade de calor que entra no prédio, demandando um menor uso de ar condicionado e tornando todo sistema mais eficiente.

“Os resíduos da construção foram em grande parte aproveitados e os que foram descartados tiveram, desde o início, destinação autorizada e indicada pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre”, apontou Maria Virgínia.

Segundo Rosane, “a execução da obra toda é preocupada com sustentabilidade e economicidade de energia, de forma viável e sustentável, feita de acordo com o que seria melhor para a instituição, ao longo da vida útil do prédio”.

O anexo também foi construído respeitando a acessibilidade: possui rampas, corrimãos e locais projetados para pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida, indicações de piso para facilitar o deslocamento, além de placas com escrita tátil e totem explicativo para pessoas com deficiência visual.

“O prédio é totalmente acessível, tudo feito de acordo com a norma técnica ABNT/NBR 9050, que regulamenta a acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos”, disse Rosane.

Tecnologia 

Juntamente com a sustentabilidade e acessibilidade, a tecnologia também é uma preocupação do novo anexo do tribunal.

“Sobre as tecnologias de funcionamento avançadas, em parceria da DIARQ e da DIOBRAS e com o auxílio da empresa Meta, foram aplicadas nas instalações elétricas e mecânicas as melhores técnicas possíveis existentes à época dos projetos, como é hábito da equipe técnica do TRF4”, Rosane destacou.

A automação do prédio é feita por meio do Building Management Sistem, que integra e supervisiona todos os sistemas elétricos, hidráulicos, de ar condicionado, de elevadores, de detecção de incêndio, de segurança e controle de acesso, estando interligado através de fibra óptica ao sistema de automação do edifício sede do tribunal.

Maria Virgínia complementa que “em eventual falta de eletricidade por parte da concessionária, o edifício conta com um grupo gerador, que fornece energia elétrica temporária, atendendo pontos principais da estrutura que necessitam de energia. Também há sistema de no-breaks para uma eventual falha do grupo gerador”.


Fachada do novo anexo do TRF4
Fachada do novo anexo do TRF4 (clique na imagem para ampliar)

Dados gerais

A equipe da DIOBRAS compilou mais alguns números que demonstram a dimensão da obra. No total são: 8.000 m³ de concreto, 27.500 m² de pinturas, 2.600 m² de fachadas de vidro, 3.700 luminárias, 2.500 m de cabos de fibra ótica e 110.000 m de cabos UTP para sistemas de voz e dados. Além disso, foram gerados cerca de 650 empregos diretos ao longo de todo o projeto.

Valorização da Informática

A diretora-geral explica que o primeiro setor administrativo a ocupar as novas instalações será o de Informática e Tecnologia da Informação (TI), com a mudança sendo concretizada em abril deste ano.

“Além de concluirmos a obra, já vamos colocar os nossos servidores trabalhando lá dentro. Queremos priorizar a nossa informática, que vai ocupar dois andares, em uma área abrangendo 2000 m², o dobro do espaço que possuem hoje no prédio sede do TRF4”, frisou Magda.

“Estamos exaltando essa parte técnica, dando as condições necessárias que a equipe merece para expandir o seu trabalho e manter a reconhecida tradição da corte em desenvolver sistemas de tecnologia”, ela disse. 

Homenagem

Em 25 de outubro do ano passado, o Plenário Administrativo do TRF4 aprovou, por unanimidade, a proposta de nomear como “Ministro Teori Albino Zavascki” o novo anexo.

Sobre a iniciativa, Thompson Flores ressaltou que “é uma feliz coincidência histórica, pois foi na presidência do Teori Zavascki, durante o biênio 2001-2003, que inauguramos o prédio sede atual, e, agora, vamos realizar a inauguração de mais uma obra do tribunal, dessa vez levando o seu nome”.

“De fato, é uma homenagem mais do que justa e merecida com o saudoso ministro Teori e, inclusive, convidamos toda a sua família, que estará presente no evento, participando desse importante momento da história do TRF4”, complementou o desembargador.

Conclusão da obra

O presidente e a diretora-geral comemoram o fato de o anexo ter sido concluído em tempo para ser entregue durante as festividades de três décadas do tribunal. De acordo com Magda, os 60% finais da obra foram executados durante os últimos dois anos.

“Temos que avaliar que, no contexto de crise dos recentes anos, de pouco recursos, com a emenda constitucional nº 95 controlando os gastos públicos, concluir esse empreendimento exigiu bastante vontade e criatividade da administração e, por isso, ficamos tão felizes e satisfeitos em entregar o prédio para a JF da 4ª Região”, ela explicou.

“Tenho toda certeza que esse é um dos prédios mais modernos de Porto Alegre, com as muitas tecnologias e vantagens que nos oferece e que, certamente, em conjunto com a nossa sede, ainda vai abrigar o TRF4 por muitas décadas”, reforçou Thompson Flores.


Fachada do novo anexo do TRF4