Inovação e colaboração são temas de encontro promovido pela Corregedoria
Atualizada em 06/09/2019 - 17h12
Buscando aproximar os magistrados e servidores das práticas e dos conceitos inovadores, a Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região em parceria com a Seção Judiciária do Rio Grande do Sul (SJRS) promoveu ontem (5/9) o 1º Encontro de Inovação e Sustentabilidade: cases de gestão da criatividade no serviço público. O evento ocorreu no Auditório do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre (RS), e teve interação com cerca de 100 pessoas, entre os presentes e os que assistiram às palestras por transmissão ao vivo.
Essa foi a primeira atividade realizada pelo Laboratório de Inovação da Corregedoria, lançado no final de agosto, que aproveitou o momento para oficializar a abertura das inscrições para os interessados a participar. A partir de métodos que buscam aumentar a criatividade e o fluxo de ideias, o TRF4 segue uma tendência mundial ao apostar no espaço laboratorial para o desenvolvimento de projetos institucionais através de processos que integrem pessoas de diversos setores.
Para instigar o uso de metodologias que procuram soluções e promovem a eficiência, a celeridade e a sustentabilidade da gestão pública, o encontro contou com as palestras do chefe da Diretoria de Inovação da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Paulo Renato Ardenghi Rizzardi, e da coordenadora do Inovatchê – Laboratório de Inovação da SJRS, juíza federal Daniela Tocchetto Cavalheiro. Apresentando aos servidores, magistrados e estagiários relatos de quem inovou com iniciativas aplicadas em órgãos públicos, a tarde do encontro serviu como palco de compartilhamento de experiências.
Ao realizar a introdução e o encerramento do evento, a corregedora regional da 4ª Região, desembargadora federal Luciane Amaral Corrêa Münch, agradeceu pelo prestígio da ocasião e destacou a importância do espírito de colaboração para mudar as formas de trabalho e aprimorar a prestação jurisdicional. “Nós temos aqui dentro da nossa instituição uma imensa força multiplicadora e a gente pode melhorar não só a instituição, mas também nossa cidade, nosso país e nosso mundo”, declarou a magistrada.
O painel, que contou com a mediação do diretor do Foro da SJRS, juiz federal Paulo Paim da Silva, foi inaugurado pela palestra de Rizzardi, O diretor de inovação da capital gaúcha aproveitou a fala sobre sua experiência de coordenar um programa que visa a transformação urbana pela parceria com instituições para exemplificar como é possível aplicar projetos inovadores utilizando recursos já disponíveis e pouco aproveitados pelo poder público. “Inovar é extremamente difícil, pois não tem inovação sem risco e sem resistência, mas vale o esforço”, afirmou o advogado que há oito anos desenvolve iniciativas inovadoras pela Prefeitura de Porto Alegre.
Rizzardi ainda ressaltou a necessidade de adesão a processos menos tradicionais. “É preciso pensar como melhorar a prestação de serviço, mesmo que isso cause mais trabalho às organizações”, pontuou.
Transpassando os conceitos para a área do Poder Judiciário, a juíza Daniela iniciou sua fala reforçando como as tecnologias mudam dentro e fora da Justiça Federal (JF). “Hoje estamos falando de inovação de forma excepcional, mas daqui a pouco tempo será algo óbvio, então nossa instituição não pode ignorar esse movimento”, frisou a magistrada.
A coordenadora do Inovatchê, lançado em maio, também destacou os resultados perceptíveis a partir do laboratório com servidores da JFRS. “Apesar de ser um público que busca estabilidade, é possível notar a empolgação e o propósito daqueles que se envolvem com as iniciativas inovadoras na SJRS”, comemorou a juíza ao definir-se honrada em implantar essas novas atividades na JF da 4ª Região.
Ao longo de todas as falas, o público pode se familiarizar com o vocabulário e com a funcionalidade das metodologias aplicadas tanto no Laboratório de Inovação da SJRS quanto na Diretoria de Inovação de Porto Alegre. Ambos os palestrantes ressaltaram o diferencial de se trabalhar com um processo de foco nas pessoas, de forma colaborativa e com possibilidade de testes, que possuem pouco espaço no ambiente tradicional.
Especialmente dentro da Justiça Federal, Daniela categorizou como necessária a promoção de encontros como esses que debatam essas transformações. “Métodos de capacitação inovadora são uma forma de transferir certa coragem aos servidores e a instituição só tem a ganhar”, concluiu.
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