TRF4 | Combata o capacitismo

Roda de conversa no TRF4 debate cartilha com orientações para respeito à diversidade

23/09/2024 - 19h29
Atualizada em 23/09/2024 - 19h36
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A Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (CPAI/TRF4) promoveu hoje (23/9), no auditório da sede do tribunal, uma roda de conversa para falar sobre a Cartilha de Combate ao Capacitismo da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A atividade marca o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado em 21 de setembro. Também foi inaugurado na ocasião o serviço de tradução em Libras (Língua Brasileira de Sinais), que passa a ser oferecido pelo tribunal.

Cerca de 85 pessoas acompanharam o bate-papo de forma presencial e remotamente, pela plataforma Zoom. Por quase duas horas foram discutidas questões levantadas pela cartilha e trocadas experiências entre os participantes. Servidores com deficiência testemunharam suas experiências na instituição, apontado pontos positivos e negativos no tratamento institucional.

O capacitismo é uma palavra cada vez mais usada atualmente e significa preconceito contra as pessoas com deficiência. Segundo o servidor Pablo André Flôres, que é cadeirante, “a luta contra o capacitismo é diária e renhida”. Para ele a edição da cartilha tem dois pontos muito positivos, um é tornar o termo conhecido e outro é demonstrar as ações e omissões consideradas capacitistas.

A servidora Rute Antunes de Mello, que é cega, falou da importância de discussões como a que estava ocorrendo, para que as pessoas entendam pelo menos questões básicas sobre o tema. “Isso pode fazer com que deixem de olhar a deficiência antes da pessoa”, ressaltou Rute, contando que já viu confundirem pessoas de aparência totalmente distinta apenas por ambas serem deficientes visuais.

O presidente da CPAI/TRF4, desembargador federal Eduardo Vandré Oliveira Lema Garcia, abriu o evento enfatizando a importância de o tribunal tratar do tema. “A diversidade enriquece uma instituição e devemos estar preparados para ouvir e valorizar as diferenças. Por um lado este é um evento de fala, mas por outro e sobretudo, de escuta”, pontuou Lema Garcia.

O servidor Luís Olavo Melo Chaves, que é integrante da CPAI e um dos organizadores da roda de conversa, comemorou o fato de as comissões de acessibilidade de primeiro e segundo graus da 4ª Região estarem participando. “Os três estados andando juntos nesta luta anticapacitista me dá muita satisfação. É quando andamos em bando que as coisas são efetivamente alteradas”, afirmou Chaves.

Participaram da atividade vários servidores e magistrados, com muitos tendo dado depoimentos pessoais e institucionais. Já na próxima sexta-feira (27/9), acontece o evento Conversas Necessárias, com o tema “Tudo junto incluído: vamos falar sobre corponormatividade?”. Esse evento também será híbrido.

Acesse a cartilha "Combata o Capacitismo" da Fiocruz no seguinte link: https://www.trf4.jus.br/5zwXy.

ACS/TRF4 (acs@trf4.jus.br)


Desembargador Lema Garcia (telão) fez abertura do evento
Desembargador Lema Garcia (telão) fez abertura do evento
Desembargador Lema Garcia (telão) fez abertura do eventoServidor Olavo Chaves (dir.) falou das ações para conscientização contra o capacitismoO encontro presencial foi no auditório do TRF4