Médica especializada em tratamento de dependências químicas palestra no TRF4 sobre os problemas do tabagismo
Atualizada em 03/12/2018 - 18h03
Aconteceu na tarde hoje (3/12) no auditório do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) a palestra “Caminhos para largar o cigarro”. O evento foi promovido pela Secretaria de Saúde do tribunal e acompanhado por magistrados, servidores e terceirizados da corte. A iniciativa teve o objetivo de oferecer aos participantes, sejam fumantes ou pessoas que convivem com fumantes, informações sobre a dependência do cigarro e os tratamentos e métodos para deixar de fumar.
A palestrante foi a doutora Irma Rossa, que possui graduação em medicina pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), além de mestrado e doutorado em Clínica Médica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A médica é especialista em prevenção e tratamento de alcoolismo, tabagismo e drogas de abuso.
“Trabalho com o tema da dependência química há mais de 32 anos e com grupos de tabagismo mais de 18 anos. Também sou abstinente do cigarro há 29 anos, então conheço do ponto de vista científico, teórico e prático a experiência de lidar com o tabagismo”, declarou Irma.
A conferencista apresentou ao público uma série de dados para contextualizar e alertar os perigos uso do cigarro atualmente. Ela ressaltou que quase um terço da população mundial é fumante, um número de pessoas que supera a marca de um bilhão e 200 milhões. No Brasil, 51% da população já usou o cigarro pelo menos uma vez na vida e, entre as crianças e os adolescentes brasileiros, esse número chega a 11%.
Irma ainda destacou que o nosso país é o maior exportador e o segundo maior produtor de tabaco do mundo. “A indústria do tabaco, em nível global, tem uma quantidade anual que chega a 6,3 trilhões de cigarros produzidos, sendo uma das áreas empresariais mais ricas do mundo”, ela reforçou.
A médica trouxe a informação de que os fumantes, na faixa etária dos 45 a 64 anos, tem três vezes mais chances de morrer do que os não-fumantes. “Atualmente, temos 4,9 milhões de mortes por ano relacionadas ao tabagismo em todo mundo e a expectativa é que, em 2030, esse número seja de 10 milhões”, disse. Outro perigo do cigarro, segundo a palestrante, é que ele constitui o maior e mais nocivo poluente doméstico na atualidade.
“A nicotina é a substância que causa o estado de dependência do uso do cigarro, através de reações químicas no cérebro do fumante. Esse fator pode tornar o tabagismo difícil de ser tratado, causando síndrome de abstinência em quem começa a largar o vício”, apontou Irma. Ela listou outras substâncias presentes no cigarro, como formol, naftalina, acetona e amônia que são nocivas de ser ingeridas, além de gases e metais tóxicos e cancerígenos.
Para quem deseja abandonar o tabagismo, ela alertou que é necessário dedicar-se a mudanças de comportamentos, hábitos e de mentalidade. Irma também aconselhou a participação em grupos médicos de apoio profissional aos dependentes do cigarro, pois esse auxílio é fundamental para o fumante enfrentar o processo de abstinência e de combate ao vício.
notícias relacionadas
notícias recentes
-
JFRSJFRS | Improbidade administrativaEx-gerente da Caixa é condenado a pagar mais de R$2 milhões em função dos prejuízos causados ao banco10/07/2025 - 17:45
-
TRF4TRF4 | JURISPRUDÊNCIAA edição nº 261 do Boletim Jurídico do TRF4 já está disponível10/07/2025 - 16:48
-
JFPRJFPR | Vínculo empregatícioJFPR garante aposentadoria a trabalhador rural após 36 anos de serviços sem registro em carteira10/07/2025 - 16:30