JFRS | Justiça e Memória

Evento relembra o enfrentamento da crise provocada com o desastre climático de maio de 2024

06/05/2025 - 16h47
Atualizada em 06/05/2025 - 17h01
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A Comissão de Gestão da Memória da Justiça Federal do Rio Grande do Sul (JFRS) promoveu, na tarde de ontem (06/5), um evento para registrar o marco de um ano da ocorrência da calamidade pública provocada pelo desastre climático. Unindo arte e conversa, foi se apresentando como a instituição foi atingida pela inundação e como foram sendo construídas as medidas para enfrentamento da crise. 

Na abertura do evento, o representante da Presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargador Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle, e a diretora do Foro da JFRS, juíza Carla Evelise Justino Hendges, destacaram a importância da preservação da memória de um momento histórico e singular com impactos significativos na Justiça Federal da 4ª Região. “Nos propomos neste evento (...) conversar e relembrar. Se o tempo é memória e é ouvido, vamos hoje rememorar para não esquecermos”, ressaltou Hendges.

Na sequência, iniciou o primeiro momento composto por rodada de conversa mediada pela presidente da Comissão, juíza Andréia Castro Dias Moreira, com a diretora do Foro; o vice-diretor do Foro, juiz Fábio Dutra Lucarelli; o diretor do Foro da Justiça Federal em Rio Grande, juiz Sérgio Renato Tejada Garcia; a diretora da Secretaria Administrativa, Ana Paula Amaral Silva Hollas; o diretor do Núcleo de Segurança e Transportes, Gustavo Falcetta; o diretor da Divisão de Tecnologia da Informação, Rafael Tweedie Campos; e o servidor do Núcleo de Justiça 4.0 – Saúde, Rogério Madeira Fernandes.

Os convidados relembraram os momentos iniciais, citando as primeiras providências institucionais que foram tomadas, como a preservação da frota de veículos, a preocupação com a indisponibilidade dos sistemas operacionais e da rede elétrica, que precisou ser preventivamente desligada.

Em sua fala, o vice-diretor da JFRS, ressaltou a importância do trabalho conjunto, presencialmente, viabilizado pela Advocacia Geral da União (AGU), que cedeu uma sala para a equipe administrativa da Direção do Foro. Foram detalhadas as ações necessárias para a locação dos geradores, tendo-se em vista que o térreo do prédio foi totalmente atingido, danificando os equipamentos que haviam no local. Também foi lembrada a operação de desligamento do datacenter, ação necessária para resguardar os dados armazenados. 

O grupo abordou, ainda, a atuação da Central de Plantão Extraordinário, que encontrou desafios operacionais devido à ausência de sistemas e linhas telefônicas. Os participantes destacaram a união dos colegas, em apoio mútuo, para superar as dificuldades iniciais e adaptar as necessidades a fim de garantir a continuidade na prestação dos serviços jurisdicionais.

A segunda parte do evento apresentou uma nova temática, focada nas ações solidárias realizadas na crise. O  juiz Patrick Lucca Da Ros, também integrante da Comissão, conversou com o coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscon), juiz Fábio Vitório Mattiello; a juíza Daniela Tocchetto Cavalheiro, da 2ª Vara de Porto Alegre e também coordenadora do Cejuscon; a diretora da Divisão de Apoio Judiciário, Fabiana Slongo Coiro; a supervisora da Seção de Acessibilidade e Inclusão, Carolina Mousquer Lima; e a servidora Queles Cristina Silva de Braz, da Sede Avançada do Cejuscon em Pelotas.

Os convidados relembraram a organização de uma rede de apoio para auxiliar os funcionários terceirizados da instituição, com uma articulação imediata de servidores e magistrados. Houve ações de ajuda financeira, material e operacional, com o cadastramento de pessoas e itens de maior necessidade. 

Os participantes compartilharam suas experiências pessoais na atuação voluntária, na linha de frente, atendendo à população nos abrigos. Foram instituídos círculos de conversas, cujo objetivo era acolher as vítimas das enchentes de forma humanizada. Outro ponto de destaque rememorado foi a participação nos mutirões que reuniram diversos órgãos em um mesmo local para ajudar as pessoas atingidas pelas enchentes. Neles, os servidores e juízes atuaram ativamente no cadastramento para o recebimento do auxílio-reconstrução, além de orientações técnicas, evidenciando a importância da atuação solidária em momentos de desastres e calamidades.

Após as rodas de conversa foi feito o lançamento do livro digital “Memórias do desastre climático: A Seção Judiciária do Rio Grande do Sul”, que pode ser acessado no Portal de Memória da JFRS. Além disso, também foi lançada neste Portal uma seção dedicada aos acontecimentos ligados ao desastre climático, contendo um acervo de imagens, vídeos e textos, que abordam temáticas variadas no enfrentamento da crise. Por fim, foi apresentado o projeto das placas que serão instaladas nos marcos atingidos pelas águas no térreo do edifício-sede.      

O evento ainda contou com a apresentação do Grupo Arte Gaúcha, que trouxe releituras de clássicos da música gaúcha tradicional e popular, integrando-se à linguagem da música erudita. Um casal de dançarinos ainda abrilhantou o evento. 

No encerramento, a diretora do Foro finalizou destacando a importância da união. “Juntos nós somos fortes. Podemos prestar um bom trabalho para a sociedade apesar de todas as dificuldades”. Já o desembargador Aurvalle sublinhou que é preciso ter orgulho de pertencer a esta instituição por tudo o que seus servidores, juízes e colaboradores fizeram durante a crise. 
 

Nucom/JFRS (secos@jfrs.jus.br)

 

Clique para acessar o vídeo apresentado no evento.

Clique para assistir a gravação do evento.


platéia lotada do auditório da JFRS observa músicos no palco
platéia lotada do auditório da JFRS observa músicos no palcosete pessoas sentadas nas poltronas  do palco do auditório, dispostas em U, conversando com o telão ao fundo que mostra o prédio da JFRS inundado, com letreiro da justiça federalseis pessoas sentadas nas poltronas  do palco do auditório, dispostas em U, conversando com o telão ao fundo que mostra o prédio da JFRS inundado, com letreiro da justiça federalconjunto musical composto de violão, acordeon, cajón e quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo), com lenços coloradoscasal pilchado dançando uma vaneira no centro do auditório da JFRS