Roda de conversa com terceirizados aborda assédio moral e sexual no trabalho
Atualizada em 06/05/2025 - 17h03
A Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Sexual (CPEA) do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) promoveu nesta manhã (6/5) uma Roda de Conversa com os trabalhadores terceirizados da corte. Com uma dinâmica inspirada nos círculos de paz da Justiça Restaurativa, cerca de 50 participantes debateram o tema do assédio moral e sexual.
A atividade, que ocorreu no Auditório do TRF4, foi aberta pela presidente da CPEA, desembargadora federal Salise Monteiro Sanchotene. Ela explicou aos trabalhadores a importância de conhecerem seu direito a um ambiente laboral de respeito, bem como as formas de garanti-lo. “Existe uma preocupação oficial em todo o Poder Judiciário de prevenir e enfrentar o assédio e a discriminação, com o objetivo de promover um trabalho digno, saudável e seguro, e isso se aplica a todas as pessoas, magistrados e magistradas, servidores e servidoras, estagiários e estagiárias, trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas. A ideia da roda de conversa é criar um espaço seguro, acolhedor e voluntário para, quem quiser e se sentir à vontade, falar sobre o tema”, destacou Sanchotene.
Em seguida os trabalhadores foram divididos em dois grupos coordenados por facilitadores da Justiça Restaurativa, os servidores Patrick Costa Meneghetti, Lívia Lima Ryme, Cláudia Marlise da Silva Alberton e Tamile Musskopft Muswieck.
As atividades de cada círculo consistiram em três rodadas, duas com as perguntas: "o que é importante para você?"; e "o que faz você se sentir bem na relação com as pessoas do trabalho?"; na terceira rodada, cada um era convidado a compartilhar alguma história pessoal em que tivesse se sentido desconfortável no ambiente de trabalho e o que entendiam que poderia ter sido feito para melhorar a situação.
Acolhimento
Segundo Meneghetti, a CPEA tem por objetivo acolher, escutar, acompanhar e orientar as pessoas afetadas por situações de assédio. “Ouvimos de uma forma, mais acolhedora e sigilosa, e damos informações para a pessoa sobre as medidas e encaminhamentos possíveis para aquele caso, prestando um apoio”, explicou o facilitador.
“O assédio moral, o assédio sexual e a discriminação não são problemas pequenos, não são ‘frescura’ ou ‘mimimi’, eles adoecem as pessoas de verdade, tiram a vontade de vir para o trabalho, podem gerar ansiedade, estresse e depressão”, afirmou Lívia, aconselhando aos trabalhadores a não se calarem caso identifiquem algum tipo de assédio.
O encontro foi finalizado com a distribuição de informações sobre como buscar ajuda em caso de assédio no trabalho.
ACS/TRF4 (acs@trf4.jus.br)
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