Ação envolvendo abordagem e remoção de pessoas em situação de rua pode ser resolvida através do Design Thinking
Atualizada em 18/08/2022 - 14h15
A 2ª Vara Federal de Porto Alegre propôs uma forma inovadora para construir uma solução consensual para uma ação envolvendo a abordagem e remoção de pessoas em situação de rua na capital. Usar a ferramenta Design Thinking para buscar uma melhoraria do protocolo atual utilizado pelos órgãos e agentes municipais.
A juíza federal Daniela Toccheto Cavalheiro, responsável pelo processo e coordenadora do Laboratório de Inovação da JFRS (iNOVATCHÊ), agendou uma rodada de conversa, na sexta-feira (3/12), para apresentar a ideia. Estavam presentes o defensor público da União Georgio Endrigo Carneiro da Rosa (DPU); Kátia Lara Martins e a advogada Letícia Brum Ineu, representando a Fundação de Assistência Social e Cidadania; a procuradora do Município de Porto Alegre Caroline Lengler; o procurador da República Fabiano de Moraes (MPF); o promotor de Justiça Edes Ferreira dos Santos Cunha e a procuradora de Justiça Noara Bernardy Lisboa (MPE); Bruno Wagner da Silva e Sérgio Roberto de Oliveira, representando a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade; o secretário municipal de Segurança Pública Mário Ikeda; e Marcelo do Nascimento, representando a Guarda Municipal de Porto Alegre. Também participaram, pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana, o diretor Paulo Marques, Alexandre Friedrich dos Santos e o procurador André Marino Alves; pela Empresa Pública de Transporte e Circulação de Porto Alegre, o presidente Paulo Ramires e o procurador Dr. André Fortes; pela Secretaria Municipal de Saúde, a médica psiquiatra Cristiane Strake e a psicóloga Letícia Quarti Soares; pela Secretaria do Desenvolvimento Social de Porto Alegre, o secretário Léo Voigt; e o professor universitário Rodrigo Nunes, apoiador do Movimento Nacional da População de Rua e representante da sociedade civil no Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Municipal para a População em Situação de Rua.

A magistrada destacou que a intenção na utilização de métodos inovadores é "se libertar da ideia da lide para fazer algo diferente". Por isso, o encontro aconteceu no Espaço Inovação da instituição, onde foi apresentado o iNOVATCHÊ e a forma como trabalha.
Os presentes participaram de uma dinâmica, que tinha por objetivo integrar, promover empatia, reflexão e criatividade, além de incentivar a colaboração, a construção de rede de apoio e difundir a horizontalidade. Ao final, foi apresentado a ferramenta Design Thinking e a proposta para utilizá-la para se resolver, pelo menos, alguns pontos do problema envolvido na ação. Todos concordaram e, a partir de agora, o processo foi encaminhado para o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania que, em parceria com o iNOVATCHÊ, vão trabalhar com os presentes no projeto de abordagem humanizada aos moradores de rua da cidade de Porto Alegre.

O que é design thinking?
Design thinking é o termo utilizado para se referir ao processo de pensamento crítico e criativo, possibilitando a organização de ideias de modo a estimular tomadas de decisão e a busca por conhecimento. Não se trata de um método específico, mas sim de uma forma de abordagem.
Em outras palavras, o design thinking não traz uma fórmula específica para sua implantação. Em vez disso, ele cria as condições necessárias para maximizar a geração de insights e a aplicação prática deles. A ideia é que o processo seja realizado de forma coletiva e colaborativa, de modo a reunir o máximo de perspectivas diferentes.

AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 5053278-52.2019.4.04.7100/RS
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