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JFRS inicia Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa

17/06/2022 - 17h13
Atualizada em 18/08/2022 - 14h43
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A Justiça Federal do RS (JFRS) iniciou o Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da instituição, que está sendo realizado por uma empresa contratada. A elaboração deste inventário é o primeiro passo para se conhecer como as atividades da JFRS impactam o meio ambiente e o sistema climático, e a partir deste diagnóstico identificar estratégias que possam contribuir com a gradual e contínua redução das emissões.

A iniciativa foi proposta pelo Projeto JusClima2030 que reúne magistradas, magistrados, servidoras e servidores de diversos órgãos do Poder Judiciário de vários estados e regiões sob a coordenação do Laboratório de Inovação da Justiça Federal gaúcha (Inovatchê). Na quarta-feira (15/6), foi realizado o Seminário de Formação em Sustentabilidade e Inventários de Gases de Efeito Estufa, no auditório do prédio-sede em Porto Alegre, contando com a presença de servidores e servidoras das unidades que serão inventariadas. O objetivo foi capacitar as pessoas para o fornecimento dos dados necessários ao preenchimento das planilhas que permitem a conversão das atividades da JFRS em fatores de emissão correspondentes.

Seminário

A foto mostra o juiz Mattiello falando em um púlpito com três bandeiras atrás dele. Ele é um homem branco, de barba curta, veste terno.
Diretor do Foro abriu o evento e recepcionou os participantes

Na abertura do evento, o diretor do Foro da instituição, juiz federal Fábio Vitório Mattiello, recebeu os presentes e ressaltou a importância da atividade frente ao momento vivenciado. Na sequência, a coordenadora do JusClima2030, juíza federal substituta Rafaela Santos Martins da Rosa, destacou que JFRS é a primeira Seção do Poder Judiciário a realizar este inventário.

A magistrada fez uma explanação visando alinhar os elementos básicos que envolvem temática tão complexa. Ela pontuou que a situação de emergência climática em que o planeta Terra se encontra aponta, de acordo com as pesquisas científicas, para o risco existencial, sobretudo humano, se as medidas necessárias não forem efetivamente tomadas.

A juíza falou sobre a questão do efeito estufa natural, sublinhando sua importância para possibilitar a vida no planeta. Entretanto, além dos gases que fazem o efeito estufa natural, o ser humano passou a emitir gases que sobem para a atmosfera e levam séculos para se dissipar. Este efeito estufa antropogênico é o prejudicial e está provocando alterações de forma muito rápida na temperatura média global.

Segundo ela, a emissão desses gases (dióxido de carbono, metano, entre outros) iniciou a partir da Revolução Industrial. Apesar de acordos serem firmados pelos países, não houve redução destas emissões. Inclusive, este ano, devem bater recordes.

A foto mostra a juíza Rafaela falando no púlpito, que tem um notebook em cima. Ela é uma mulher branca, de cabelos castanhos compridos. Ao lado dela aparece o telão com o texto a atuação da justiça federal do rio grande do sul no enfrentamento à emergência climática
Especialista no assunto, juíza ressaltou o momento sensível pelo qual passa o planeta e a necessidade de mudanças

Caso não se tome medidas efetivas, Rosa destacou que a resposta do sistema climático com base em outros fenômenos que provocaram extinção em massa, é que esta ocorrerá com uma velocidade muito rápida. O termo emergência climática reflete justamente este estado de atenção e aponta que se está chegando a um patamar limite, pois se o aquecimento ultrapassar o 1,5ºC os efeitos serão devastadores.

Ela afirmou que as crianças que nasceram no ano passado vão viver cinco vezes mais fenômenos climáticos extremos. O Estado do Rio Grande do Sul também passará, cada vez mais, por estes fenômenos, como chuvas intensas e concentradas e estiagens severas.

A magistrada destacou que sua fala foi para demonstrar a importância da situação para que as pessoas presentes ajudem na elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa apresentando as informações de suas unidades referentes aos anos de 2019, 2020 e 2021. Para ela, as instituições precisam também se comprometer na redução das emissões destes gases.

Após a apresentação da juíza, a representante da empresa Combustech, Patrícia Montenegro, responsável pela execução do inventário, falou sobre o Protocolo de Gases de Efeito Estufa e como as organizações devem medi-los, apresentou algumas definições gerais e quais as informações relevantes para se fazer o trabalho. A conclusão do Inventário ocorre ainda neste ano.

Sustentabilidade

A preocupação em tornar a atuação da Justiça Federal gaúcha mais sustentável já é uma prática na instituição. Para encerrar o seminário, os participantes ocuparam o Espaço Inovação. A coordenadora do Inovatchê, juíza federal Daniela Tocchetto Cavalheiro, relembrou o Projeto Futuridade, lançado em 2018, que de forma colaborativa e horizontal elaborou e implementou ações em seis eixos temáticos: Gestão de Resíduos, Construções Sustentáveis, Uso Racional dos Recursos, Compras Públicas Sustentáveis, Qualidade de Vida no Ambiente de Trabalho, e Sensibilização e Capacitação de Pessoas.

Em seguida, as servidoras Andréa Becker da Rosa (Passo Fundo), Marisa Kroth Jornada (Novo Hamburgo) e Patrícia Pereira Almedia (Canoas), e João Batista de Souza (Porto Alegre) apresentaram algumas práticas em sustentabilidade da instituição. Entre elas, estão a gestão de resíduos sólidos, substituição dos galões de água por filtros, eliminação de copos plásticos, entre outras.


a foto mostra diversas pessoas sentadas olhando a juíza falar no púlpito com um telão ao lado
Seminário foi realizado para apresentar informações relevantes sobre o inventário