Oficina para estudantes sobre o eproc aplica método de ensino do MIT Sloan School
Atualizada em 12/06/2025 - 15h14
A Justiça Federal em Santa Catarina (JFSC) realizou segunda-feira (9/6) uma oficina sobre o eproc em que foi aplicado, pela primeira vez desde a criação do sistema, um método lúdico de ensino desenvolvido pelo MIT Sloan School of Management. Inspirada no Jogo da Cerveja (dinâmica de simulação do fluxo de produtos em uma cadeia de suprimentos), os participantes interpretaram os papéis de profissionais do Direito envolvidos com o trâmite de um processo previdenciário. O objetivo foi promover a colaboração e inspirar a reflexão sobre os aspectos sistêmicos das ações.
A oficina foi coordenada pelo juiz federal José Luis Luvizetto Terra, da 4ª Vara Federal de Passo Fundo (RS), e teve cerca de 40 inscrições, entre professores e estudantes de Direito de diferentes semestres, muitos em seu primeiro contato com o e-Proc. A atividade compôs a programação da Semana Integra Univali [Universidade do Vale do Itajaí] e contou com a presença do diretor do Foro local, juiz federal Moser Vhoss, que abriu a oficina e falou sobre a competência da Justiça Federal e as oportunidades de estágio acadêmico na instituição.
Os participantes foram divididos em quatro grupos, que representaram os servidores do setor de análise de petições iniciais de uma vara federal, os servidores da central de perícias, os advogados da pessoa que requereu o benefício e os procuradores do INSS, que fazem a defesa do órgão. Durante três horas, eles desenvolveram estratégias para cumprir suas funções, que foram apresentadas com uso da ferramenta Elevator Pitch.
Entre os problemas detectados, as dificuldades em analisar textos sem linguagem clara, identificar a doença predominante, atender os clientes constantemente e fazer a triagem de processos mais simples para acordo. O debate de encerramento teve foco em duas perguntas: “o que me surpreendeu?” e “o que aprendi?”. A reflexão final foi sobre o impacto da Inteligência Artificial: “A IA chegou. E agora?”.
No início da oficina, o juiz Terra explicou que “há um conhecimento relacionado com o eproc que poucos usuários se deram conta: o eproc é intuitivo e rapidamente aprendemos a utilizar ferramentas para peticionar e distribuir novos processos; porém, esquecemos que há pessoas por trás das máquinas”. Para o juiz, “essas pessoas podem colaborar para potencializar os ganhos de todos os usuários através do diálogo entre todos que integram o grande sistema de justiça. O diálogo encontra amparo no pensamento sistêmico que opera em todos os organismos vivos. É sobre isso que iremos vivenciar durante o laboratório de hoje”.
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